"Eu não tento lembrar as coisas que acontecem nos livros.
Tudo que peço de um livro é que me dê energia e coragem para dizer a mim mesmo
que há vida para além da que conheço, para me lembrar de que é necessário agir."
Leolo - Jean-Claude Lauson
sexta-feira, 24 de junho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Não Basta Ser Bom...
"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim
por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer"
Albert Einstein
por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer"
Albert Einstein
Elogio do Aprendiz
Aprenda o mais simples! Pra aqueles
Cujo hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas
Aprenda! Não desanime!
Começa! É preciso saber tudo!
Você tem de assumir o comando!
Aprenda, homem do asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Frequente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarra o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.
Não se envergonhe de perguntar, camarada!
Não se deixe convencer
Veja com seus olhos!
O que não sabe por conta própria
Não sabe.
Verifique a conta
É você que vai pagar.
Põe o dedo sobre cada item
Pergunte: O que é isso?
Você tem que assumir o comando.
Bertolt Brecht
Cujo hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas
Aprenda! Não desanime!
Começa! É preciso saber tudo!
Você tem de assumir o comando!
Aprenda, homem do asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Frequente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarra o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.
Não se envergonhe de perguntar, camarada!
Não se deixe convencer
Veja com seus olhos!
O que não sabe por conta própria
Não sabe.
Verifique a conta
É você que vai pagar.
Põe o dedo sobre cada item
Pergunte: O que é isso?
Você tem que assumir o comando.
Bertolt Brecht
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Pierre-Joseph Proudhon
"Quem quer que seja que ponha as mãos sobre mim, para me governar, é um tirano.
Eu o declaro meu inimigo".
Eu o declaro meu inimigo".
domingo, 19 de junho de 2011
gratia Domini nostri Iesu Christi cum omnibus
Caminho pela avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre.
A certa altura uma academia de ginástica e uma igreja.
Lado a lado.
Não posso deixar de perceber a ironia .
Dois comércios.
Duas catedrais.
Numa você pode comprar o corpo perfeito e noutra vende-se, simplesmente, o próprio Deus.
E me pergunto: se Jesus se encontrasse em frente aos dois templos, em qual deles
entraria?
A pergunta é relevante já que se trata de duas das maiores religiões de nosso tempo,
perdendo em número de fiéis apenas para o Consumo - nosso deus último - do qual,
de uma maneira ou de outra, somos todos adeptos.
Mas o interessante é que as duas prometem a mesma coisa.
Vida eterna.
Em um caso a juventude e noutro a salvação da alma.
Nossos novos falsos deuses.
Mas penso mesmo é nas crianças - informes de compreensão ainda - que são
levadas pelos pais.
Então constato que Abraão continua tentanto sacrificar o próprio filho.
O bom disso tudo é que há um manicômio em frente.
E talvez Jesus escolha dar as costas a esses bezerros de ouro, atravessar a rua,
entrar e abraçar esses irmãos esquecidos - por Deus e por todos - que no fundo são
a verdadeira humanidade:
Desamparada, frágil, louca e que rasga dinheiro por saber o seu valor.
Ah, tem também um bar em frente.
Mas nesse quem entra sou eu, pois é minha vez de rezar.
(Certas coisas na vida só com um trago).
E também porque creio que Jesus prefira companhia melhor.
A certa altura uma academia de ginástica e uma igreja.
Lado a lado.
Não posso deixar de perceber a ironia .
Dois comércios.
Duas catedrais.
Numa você pode comprar o corpo perfeito e noutra vende-se, simplesmente, o próprio Deus.
E me pergunto: se Jesus se encontrasse em frente aos dois templos, em qual deles
entraria?
A pergunta é relevante já que se trata de duas das maiores religiões de nosso tempo,
perdendo em número de fiéis apenas para o Consumo - nosso deus último - do qual,
de uma maneira ou de outra, somos todos adeptos.
Mas o interessante é que as duas prometem a mesma coisa.
Vida eterna.
Em um caso a juventude e noutro a salvação da alma.
Nossos novos falsos deuses.
Mas penso mesmo é nas crianças - informes de compreensão ainda - que são
levadas pelos pais.
Então constato que Abraão continua tentanto sacrificar o próprio filho.
O bom disso tudo é que há um manicômio em frente.
E talvez Jesus escolha dar as costas a esses bezerros de ouro, atravessar a rua,
entrar e abraçar esses irmãos esquecidos - por Deus e por todos - que no fundo são
a verdadeira humanidade:
Desamparada, frágil, louca e que rasga dinheiro por saber o seu valor.
Ah, tem também um bar em frente.
Mas nesse quem entra sou eu, pois é minha vez de rezar.
(Certas coisas na vida só com um trago).
E também porque creio que Jesus prefira companhia melhor.
sábado, 11 de junho de 2011
Oriente. Mas não só.
"No fundo, uma revolta é a linguagem dos que não foram ouvidos."
Martin Luther King
Martin Luther King
João Cabral de Melo Neto
Tem esse poema do João: "Tecendo a Manhã".
Esta manhã é o futuro. Ele convida a nos unirmos para que o possamos inventar.
Mas, poeta que é, nos dá a deixa: não o contruiremos com a tecnologia, com o dinheiro.
Nós o contruiremos com as nossas vozes.
Vozes essas que precisam, primeiro, serem ouvidas. Por isso um galo "apanha" o grito de outro.
É necessário este movimento lateral para que haja o entendimento. O futuro não está a tua frente.
Está ao teu lado. Este o gesto essencial para que funcione:
Ir ao teu semelhante. Ouví-lo.
Só assim compreenderemos realmente o que diz e poderemos passar adiante a mensagem,
formando essa "tenda", que nada mais é do que um lar onde todos se reconheçam.
Um lar que se vai erguendo pelo contato, pelo convívio, pelo calor do outro.
Que se forma pelo que é ouvido. Não pelo que é dito.
Sem paredes, que é para que caibam todos.
Ele tem razão.
O mundo não é nossa casa, mas nossa tenda.
Uma casa tem limites. De capacidade, de deslocamento, de posse.
Uma casa tem trancas, que nos transformam em "os de dentro" e "os de fora".
Uma tenda está sempre aberta. É sempre um abrigo. Para quantos.
Talvez os nômades sejam mais sábios.
Tecendo a Manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
João Cabral de Melo Neto
Esta manhã é o futuro. Ele convida a nos unirmos para que o possamos inventar.
Mas, poeta que é, nos dá a deixa: não o contruiremos com a tecnologia, com o dinheiro.
Nós o contruiremos com as nossas vozes.
Vozes essas que precisam, primeiro, serem ouvidas. Por isso um galo "apanha" o grito de outro.
É necessário este movimento lateral para que haja o entendimento. O futuro não está a tua frente.
Está ao teu lado. Este o gesto essencial para que funcione:
Ir ao teu semelhante. Ouví-lo.
Só assim compreenderemos realmente o que diz e poderemos passar adiante a mensagem,
formando essa "tenda", que nada mais é do que um lar onde todos se reconheçam.
Um lar que se vai erguendo pelo contato, pelo convívio, pelo calor do outro.
Que se forma pelo que é ouvido. Não pelo que é dito.
Sem paredes, que é para que caibam todos.
Ele tem razão.
O mundo não é nossa casa, mas nossa tenda.
Uma casa tem limites. De capacidade, de deslocamento, de posse.
Uma casa tem trancas, que nos transformam em "os de dentro" e "os de fora".
Uma tenda está sempre aberta. É sempre um abrigo. Para quantos.
Talvez os nômades sejam mais sábios.
Tecendo a Manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
João Cabral de Melo Neto
sexta-feira, 10 de junho de 2011
12 de Junho
Émile Verhaeren.
Do seu livro: As Horas Claras.
Disseste aquela noite palavras tão bonitas
Que sem dúvida as flores suspensas sobre nós
Nos amaram também e uma, entre muitas,
Nos caiu no colo pra tocar os dois.
Falavas do futuro, quando os anos vividos
Como frutos maduros se deixariam colher;
E como quebraríamos o espelho dos destinos
E como, ao envelhecer, nos amaríamos.
Tua voz me enlaçava como um abraço querido
E teu coração ardia tão tranqüilamente belo
Que nesse instante eu teria visto sem receio se abrirem
Os tortuosos caminhos que nos levam à morte.
domingo, 5 de junho de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)